Bogotá está repleta de histórias fabulosas que contam sobre um passado enigmático e vestígios que prevalecem ao longo do tempo. Na cidade, você encontrará um cenário mítico, lendário e único que certamente o fará reviver a lenda do El Dorado de perto.
O Museu do Ouro de Bogotá preserva a maior coleção do mundo de ourives pré-hispânicos –34.000 peças de ouro e tumbaga– e é um cenário imperdível em sua visita à capital da Colômbia.
Cada peça que repousa no Museu do Ouro é um testemunho excepcional da riqueza cultural e da variedade de visões do mundo que existiam na Colômbia milhares de anos antes da chegada dos espanhóis. Este é, sem dúvida, um cenário mágico que você deve conhecer.
Na época pré-hispânica, as sociedades indígenas, fascinadas pelo ouro, exploravam depósitos e utilizavam diversas técnicas para forjar objetos sofisticados que hoje são vestígios de seus costumes e crenças. A herança indígena permanece nesta cena da capital cheia de história e lendas em todos os lugares.
Além das peças de ouro e tumbaga, o Museu do Ouro possui 20 mil objetos líticos, cerâmicos e têxteis produzidos por diferentes culturas pré-colombinas: Muisca, Tayrona, Quimbaya, Calima, Zenú, entre outras.
Duas peças são essenciais em sua visita ao Museu do Ouro de Bogotá. O primeiro é o Poporo Quimbaya: um recipiente milenar de proporções harmoniosas, cor particular e uma técnica de fusão única. Este ornamento foi usado como um recipiente para o mambeo de folhas de coca durante as cerimônias religiosas indígenas e foi feito por volta de 300 DC. Sem dúvida um ícone do museu, de Bogotá e claro do país.
A segunda peça é a Jangada Muisca, uma figura icônica que simboliza a Lenda de El Dorado; A jangada representa um ritual em que os caciques submergem na água com vestes douradas para implorar aos deuses por uma colheita fértil. Um emblema!
Cada uma das peças que o Museu do Ouro conserva possui uma biografia que narra o seu processo de criação; destacam-se as mãos de antigos artesãos e expõe sua chegada ao museu, por meio de colecionadores, pesquisadores arqueológicos, entre outros.
O Museu do Ouro está localizado no Parque de Santander, na esquina da Rua 16 com a Carreira 5, no coração de Bogotá e funciona em dois prédios: um inaugurado em 1968, declarado Sítio de Interesse Cultural, e outro completou mais 40 anos no final de 2008. Ambos projetados pelo arquiteto colombiano Germán Samper Gnecco.
O acervo do Museu do Ouro começou a ganhar forma em 1939, mas foi somente em 1959 que a instituição começou a funcionar de maneira regular, permitindo que colombianos e estrangeiros descobrissem os mais preciosos tesouros arqueológicos do país.
Até o momento, o Museu do Ouro apresentou mais de 220 exposições de suas coleções em museus internacionais - o Museu Britânico de Londres, o Museu Etnológico de Berlim, o Louvre de Paris, entre outros. Isso tem permitido, além de expor a riqueza cultural da Colômbia em outros países, que o museu exiba anualmente uma mostra internacional; uma oportunidade que resultou do intercâmbio de exposições realizadas com museus do estrangeiro.
Assim, o público colombiano e os visitantes estrangeiros puderam presenciar impressionantes exibições sobre o processo escravista na França no Museu de História de Nantes; Representações sobre a história artística do dragão na China, do Neolítico à atualidade, do Museu de Xangai, entre outros.
A quatro quadras do Museu do Ouro, no bloco cultural do Banco da República, está o Museu Casa da Moeda, cenário de Bogotá onde estão expostas as primeiras moedas de ouro cunhadas na América em 1622. Também, muito perto dali, localiza o Museu Botero, que preserva 87 obras do acervo pessoal de arte universal do mestre Fernando Botero e cerca de 120 peças, entre pinturas a óleo, desenhos e esculturas, de sua autoria. Portanto, prepare tudo para descobrir mais tesouros na Capital da Colômbia. #AGenteSeVeEmBogotá